A rinoceronte-branco Luna, o animal mais antigo da Fundação de Parques Municipais Zoobotânica de Belo Horizonte, que morreu no dia 13 de outubro, sexta-feira, aos 53 anos, em decorrência de problemas de saúde causados pela idade avançada, agora faz parte do acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas.
O animal, da espécie africana ameaçada de extinção Cerathoterium simum simum, considerado um dos mais longevos de sua espécie sob cuidados humanos, vai integrar a coleção científica, onde será estudado pela equipe técnica do Museu, além de fazer parte de futuras exposições.
O Prof. Dr. Henrique Paprocki, diretor do Museu, afirma que a rinoceronte servirá de fonte de estudos de morfologia e anatomia comparada com outros espécimes da coleção, além de fazer parte, futuramente, da exposição Era dos Mamíferos. “Já temos um plano para demonstrar como é formado o ‘chifre’, aquela protuberância da parte anterior do crânio, que na realidade é formado de pelos. Então são usos muito nobres, destinados à educação e à pesquisa científica”, explica.
Cinco funcionários do Museu, auxiliados por técnicos do Zoológico, fizeram a preparação para o transporte do animal, que ultrapassou a expectativa de vida da espécie, com cerca de três toneladas, para a câmara fria do Centro Técnico Operacional (CTO), no Campus Coração Eucarístico, onde ele passará por cuidadoso processo de tratamento e limpeza, que pode levar de 6 meses a um ano.
Memória preservada
O Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em parceria consolidada com o Zoológico de Belo Horizonte, abriga animais como as girafas Ana Raio e Zola, que morreram em 2015 e 2014, respectivamente, um camelo e um crocodilo, cuja cópia feita em resina e preenchida com poliuretano está em exposição. O corpo do gorila Idi Amin também recebeu os cuidados dos técnicos do Museu e, após processo de taxidermia, também faz parte da coleção de espécimes em exposição.